A violência doméstica, em suas diversas formas física, psicológica, sexual, patrimonial e moral transcende classes sociais, profissões e níveis de instrução. A exposição pública de Geisy, apesar de trazer à luz um tema delicado, também demonstra a fragilidade da proteção que muitas mulheres encontram, mesmo aquelas com visibilidade e recursos. O julgamento público, a culpabilização da vítima e a minimização da violência são barreiras que impedem muitas mulheres de buscarem ajuda.
A narrativa de Geisy destaca a importância de se falar sobre abuso, quebrar o silêncio e criar um ambiente de empatia e apoio às vítimas. A violência psicológica, muitas vezes sutil e insidiosa, pode ser tão, ou mais, danosa que a violência física. Manipulação, controle, humilhação e isolamento são táticas comuns utilizadas pelos agressores para dominar e controlar suas vítimas.
É fundamental entender que a responsabilidade pelo abuso recai exclusivamente sobre o agressor. A vítima nunca é culpada. A culpabilização da vítima é um dos pilares da cultura do abuso, que perpetua o ciclo de violência. Geisy, ao compartilhar sua experiência, contribui para desconstruir esse mito e encorajar outras mulheres a buscarem ajuda.
O caso de Geisy serve como um lembrete da necessidade de políticas públicas mais eficazes, de maior investimento em campanhas de conscientização e de um sistema de justiça mais eficiente na proteção das vítimas. É preciso criar redes de apoio robustas, que ofereçam acolhimento, orientação jurídica e psicológica às mulheres que sofrem violência doméstica.
Em conclusão, a experiência de Geisy Arruda, embora pessoal e dolorosa, é um reflexo de uma realidade social alarmante. Seu relato é um chamado à ação, um apelo para que a sociedade como um todo se mobilize contra a violência doméstica e ofereça o apoio necessário às vítimas. A luta contra o abuso é coletiva e exige a participação de todos. Geisy não é a primeira, nem será a última, mas sua coragem em falar pode ser o ponto de partida para que muitas outras mulheres encontrem a força para romper o ciclo de violência e reconstruírem suas vidas.
- Vanessa Costa Lima
Comentários
Enviar um comentário