É um erro comum acreditar que a violência contra a mulher só se limita ao âmbito do relacionamento amoroso, com o marido ou namorado como único agressor a realidade é muito mais complexa e cruel. A violência se esconde em vários rostos, e pode ser perpetrada por pais, amigos, colegas de trabalho e até mesmo por desconhecidos.
A violência familiar, muitas vezes silenciosa e invisível, é uma realidade assustadora para muitas mulheres. Pais que humilham, controlam, agridem verbalmente ou fisicamente suas filhas, criando um ambiente tóxico e de medo, são responsáveis por perpetuar um ciclo de violência que se estende para além do lar.
Amigos que menosprezam, ridicularizam ou colocam em risco a segurança de suas amigas, colegas de trabalho que as assediam, humilham ou impedem seu crescimento profissional, e desconhecidos que as assediam na rua ou em espaços públicos, todos contribuem para a cultura de violência que torna a vida das mulheres um campo minado.
A violência psicológica, muitas vezes menos visível, mas igualmente devastadora, pode ser exercida por qualquer pessoa que tenha poder sobre a mulher, seja por meio de palavras, atitudes, gestos ou até mesmo pela omissão. A manipulação, a humilhação, a culpabilização, a desqualificação e o controle são armas que destroem a autoestima, a confiança e a liberdade das mulheres.
É fundamental entender que a violência contra a mulher não se limita a um único tipo de relacionamento ou a um único agressor. Ela se manifesta em diversas formas e contextos, e exige uma mudança cultural profunda para ser combatida. É preciso romper com o silêncio, denunciar a violência em todas as suas formas e construir uma sociedade onde as mulheres sejam respeitadas, protegidas e livres para viver suas vidas com dignidade e segurança.
- Vanessa Costa
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